
O fim da adolescência, as marcas do amor, a amizade, perdas e separações. Conflitos, prazeres e angustias da passagem para a idade adulta. Este é o fio condutor de A falta que me faz, terceiro longa-metragem de Marília Rocha.
Filmado durante um inverno, na cordilheira do Espinhaço, em Curralinho (região de Diamantina, em Minas Gerais), o documentário aborda um grupo de garotas em um momento de transição. Alessandra, Priscila, Shirlene e Valdênia vivem um romantismo impossível, que as enlaça com homens de fora, deixando marcas em seus corpos e na paisagem a seu redor. Entre festas, namoros e contradições da passagem para a idade adulta, cada uma encontra sua maneira particular de resistir à mudança e existir na incerteza.
O documentário, produzido pela Teia, foi realizado ao longo de quase dois anos. As filmagens ocorreram de abril de 2008 a agosto de 2009. Segundo Marília, o contato com as meninas se deu através de uma pesquisa para um documentário que abordaria a extração de flores secas na Serra do Espinhaço, em Minas Gerais. “Eu estava fazendo um filme com catadores de sempre-vivas quando conheci as meninas de Curralinho. Depois desse encontro, o projeto teve uma virada e o filme foi realizado apenas com elas”, diz.

A falta que me faz foi selecionado para o 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro em novembro de 2009. A première internacional do filme foi no 39º Festival Internacional de Roterdã, em fevereiro de 2010. Em 2010, foi exibido na Argentina, Rússia, México, Portugal, Canadá, Itália, Chile e Cuba. Foi também vencedor do Prêmio do Júri de Melhor Filme no 5º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.

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