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domingo, 12 de dezembro de 2010

Afinal, o que quer Silvio de Abreu em Passione?


Silvio de Abreu, novela Passione
O que quer Silvio de Abreu? - Foto: Montagem
Eu fico me perguntando: afinal, o que quer Silvio de Abreu?
Quando o mundo todo clamava pela morte de Diana (Carolina Dieckmann) em Passione, ele bateu o pé, tirou a vida de Saulo (Werner Schünemann) – o que eu acredito realmente que já estivesse planejado desde o início – e jurou que não iria assassinar sua mocinha. Só que, agora, mata a jornalista após o parto da filha, Vitória. Mas com que intenção? Pra mim, tirar a chata da Diana da novela nesse momento só faria sentido se fosse outro crime ligado à trama principal. Poderia, por exemplo, ter sido praticado por Clara (Mariana Ximenes) e Fred (Reynaldo Gianecchini), como queima de arquivo contra todos aqueles que poderiam prejudicá-los, entre eles, Eugênio, Saulo, Noronha (Rodrigo dos Santos),  Myrna (Kate Lyra)… Se for isso, menos mal. Mas vai ficar ridículo se o novelista decidir montar, nessa altura do campeonato, um romance entre Mauro (Rodrigo Lombardi) e Melina (Mayana Moura). Vai ser um tiro no pé.
Mauro entre Diana e Melina
O relacionamento entre Mauro e Melina poderia ter acontecido depois que o executivo conseguiu impedir que ela se casasse com Fred na primeira vez. Poderia ter pintado um clima forte entre eles, fazendo nascer dúvidas na cabeça do galã da história. Mauro teria ficado dividido entre a mulher que ama e aquela que sempre considerou como uma irmã. Agora não dá mais tempo. Melina aprontou demais. Ela chegou ao cúmulo de invadir a casa da rival para exigir que ela fizesse um aborto. E Mauro ainda vai cair nos braços dessa mulher? Ninguém merece!
Sem falar que essa semana mesmo ele repetiu aos berros que não amou nem nunca irá amar Melina como mulher. Espero que essas projeções que estou fazendo não se concretizem. Novela é uma obra de ficção, em que a realidade nem sempre é tão necessária. Mas mesmo na mais “pirante” das fantasias é necessário um ingrediente básico: coerência. E esse tempero está passando longe de Passione
Mas voltando à pergunta que fiz no início do texto (afinal, o que quer Silvio de Abreu?), sinceramente não sei responder. Passione começou muito bem: ágil, cheia de acontecimentos inesperados, com humor, cenas fortes, personagens recheados de conflitos… Mas a trama empacou de uma maneira tão absurda e repentina que muito me irrita. Principalmente por saber o quanto Silvio de Abreu é habilidoso e sabe desenvolver situações que fujam do convencional e, desta vez, parece que empacou na preguiça.
E esse é um pecado capital que não consigo perdoar.

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